Mercadona estende licença de paternidade para sete semanas e licença para crianças de até 12 anos

A empresa Mercadona terá um novo acordo coletivo que entrará em vigor em 1º de janeiro de 2019 e incluirá medidas que melhoram a política de reconciliação de seus trabalhadores, com licença de paternidade mais longa e licença prolongada para cuidar de crianças.

Conseguir conciliar a vida profissional e pessoal é geralmente uma das grandes preocupações de todos os trabalhadores e, de acordo com o último relatório publicado pelo CEOE, em geral em nosso país, ainda há um longo caminho a percorrer. Portanto, é um passo importante que Empresas como Mercadona ou Ikea tomam a iniciativa com medidas que incentivam a reconciliação.

O novo acordo Mercadona

Ontem, a Mercadona divulgou seu novo contrato de empresa que entrará em vigor no próximo ano e inclui um aumento salarial vinculado ao IPC e melhorias na política de reconciliação de seus trabalhadores.

Dessa forma, os pais terão um licença de paternidade de sete semanas (em vez das cinco semanas atualmente em vigor por lei) e um prorrogação da licença para creche até 12 anos (no contrato anterior, a licença era de até oito anos).

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Além disso, os trabalhadores que se beneficiaram de uma redução no horário de trabalho para cuidar de crianças (até 12 anos) podem solicitar, quando essa redução expirar, trabalhar meio período até a criança completar 15 anos.

Outras mudanças destinadas a melhorar a política de reconciliação da empresa se concentraram no controle do número de horas de trabalho. Neste sentido, os funcionários não podem trabalhar mais de dez horas por dia, e esses dias de dez horas só podem ser dados dois dias por semana.

O acordo, que foi assinado com os sindicatos da CCOO e da UGT, terá validade de cinco anos e afetará os 84.000 trabalhadores da empresa.

Um longo caminho a percorrer em termos de conciliação

Mercadona Não é a primeira empresa que decidiu abordar a questão da conciliação do trabalho de acordo dos seus trabalhadores. Há alguns meses, a Ikea anunciou medidas semelhantes, estendendo a licença de paternidade para sete semanas e equiparando o número de cargos de gerência ocupados por homens e mulheres.

E os pais que trabalham também estão com sorte no País Basco, já que o governo desta comunidade elaborou um decreto de auxílio à conciliação que implicará uma extensão da licença de paternidade para 16 semanas, medida que é estimada como eficaz no último trimestre de 2019.

Não há dúvida de que essas medidas representam um passo importante para os trabalhadores, e considera-se que são buscadas melhorias na conciliação que afetam a licença para cuidar de crianças, a redução do horário de trabalho e a licença de paternidade. Mas, pessoalmente, ainda sinto falta dessas melhorias que visam estender a licença de maternidade.

E hoje em dia, Mães espanholas têm apenas 16 semanas de folga, um tempo que, segundo a AEPap, deve levar até pelo menos seis meses para garantir a amamentação exclusiva pelo tempo recomendado pela OMS.

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Mas, no momento, parece que nem o governo (que está trabalhando na equalização de ambas as licenças) nem os empresários contemplam melhorar as condições de licença de maternidade. Embora insistamos que seja sempre bem-vindo qualquer avanço nas políticas de conciliação, não nos cansaremos de lembrar a importância que o bebê tem para a prorrogação da licença de maternidade e um dia poderemos equiparar muitos de nossos vizinhos europeus.

Via El País