A humanização do parto na Andaluzia já está aqui

Nós conversamos sobre a implementação do serviço Telematronas na Andaluzia. Mas é que, na intervenção do Ministro da Saúde, a Sra. Montero foi mais longe e explicou em detalhes qual é o Programa de Humanização em Cuidados Perinatais que foi definido como um objetivo para 2009. Isso significa que no próximo ano todos os hospitais públicos da Andaluzia estarão desenvolvendo o programa Normal Delivery Care.

"Ao levarmos o parto ao hospital, ganhamos em mortalidade e morbidade, mas a mulher perdeu intimidade, destaque e capacidade de decidir sobre aspectos pessoais, como a atitude durante a dilatação ou a posição do parto".

Atualmente, existem vinte centros que seguem as diretrizes estabelecidas por essa nova forma de assistência perinatal, onde o processo natural do parto prevalece sobre a tecnificação alcançada nos últimos anos. Já existem seis hospitais públicos que adaptaram poltronas para poder escolher a postura no momento do parto e dois têm banheiras de dilatação. Mas eles não vão ficar aqui. As mudanças são iminentes e generalizadas.

O objetivo de Programa de Humanização em Cuidados Perinatais É para alcançar o máximo envolvimento dos futuros pais durante a gravidez, o parto e o puerpério e também garantir que todos os hospitais modifiquem suas instalações e protocolos para obter atendimento sem intervenção desnecessária e que os profissionais sejam treinados e sensibilizados.

As principais linhas de ação são: a promoção do aleitamento materno, a preparação para o parto, a participação do homem no processo e a educação, a adaptação de quartos individuais, o acompanhamento do casal durante o parto, a possibilidade escolher a postura mais confortável para a mãe durante as contrações e durante o parto, a opção de escolher analgesia não farmacológica ou contato pele a pele entre o recém-nascido e a mãe a partir do momento do nascimento.

Da mesma forma, considera-se que práticas clínicas de rotina não essenciais (episotomia, barbear, aplicação de enema ou separação de mãe e bebê) devem ser evitadas, promovendo os benefícios do leite materno, apoiando a iniciativa Hospitais Amigos da Criança, erradicar a existência de "ninhos" nos centros e evitar renda desnecessária de recém-nascidos que podem ser tratados no quarto com a mãe.

No caso de cesarianas, sempre que possível, o bebê permanecerá com a mãe pele a pele e as unidades neonatais estarão abertas 24 horas, facilitando também a permanência da mãe no hospital durante a internação da criança.

Excelentes notícias que demonstram o envolvimento de nossos representantes em uma mudança profunda no conceito de atendimento, à medida que a sociedade é exigente. As coisas estão mudando em um ritmo vertiginoso e estou muito empolgado em fazer com que você participe desses avanços que conscientizamos mulheres e profissionais. Tudo isso parece um sonho se eu pensar em como as coisas eram menos de dez anos atrás. Parece um sonho. Mas é real.