Mulheres obesas são menos propensas a conceber uma criança naturalmente

Já falamos sobre o fato de o excesso de peso nas mulheres ser um obstáculo para o sucesso na gravidez por reprodução assistida, mas foi publicado um novo estudo que relaciona diretamente a obesidade à capacidade de conceber um bebê por meios naturais.

Pesquisa, conduzida por cientistas holandeses cujos resultados foram publicados na revista Human Reproduction, mostrou que A obesidade é um fator de risco para conseguir a gravidez.

Para isso, foram recrutados 3.000 casais que procuravam um bebê há mais de um ano, sem nenhum problema aparente para ter filhos. Eles ovularam normalmente e apresentaram um seminograma normal.

Eles se concentraram no estudo do índice de massa corporal (IMC) dos participantes e descobriram que, para cada ponto que aumentava o IMC, a chance de conceber diminuía em 5%, o que é quase equivalente ao que diminui a fertilidade feminina. Todo ano uma mulher envelhece.

Considerando a obesidade com um IMC maior que 30, em mulheres com uma de 35 anos, as chances de engravidar espontaneamente foram 26% menores do que as de mulheres com taxas entre 21 e 29. Nas mulheres com IMC de 40, as opções diminuíram 43%.

Os cientistas explicam que a causa pode ser a leptina, um hormônio secretado pelas células adiposas que regula o gasto de energia e o controle do apetite. Eles lidam com a teoria de que isso poderia influenciar a produção de esteróides hormonais sexuais envolvidos na ovulação.

É um dos estudos mais importantes realizados até o momento sobre as consequências do excesso de peso na fertilidade. Além do fato de que, em geral, os casais obesos demoram mais para conceber, os médicos recomendam perder peso antes de procurar um bebê por causa dos riscos que uma gravidez pode acarretar, tanto para a mãe quanto para o bebê.