Crianças surdas exigem que os desenhos animados incluam linguagem gestual

Eugenia Arana Ascoy, diretora da Escola Básica Inclusiva para Surdos Ludwing Van Beethoven, em Lima (Peru), telefonou há alguns meses para os canais de televisão. O objetivo: incluir linguagem gestual em desenhos e filmes infantis.

Entre os motivos expostos, um foi o de que as crianças ficam deprimidas ao assistir televisão e não conseguem aproveitar a programação voltada para as crianças.

Tenta-se defender que as crianças surdas também têm o direito de ver os desenhos animados que as crianças que não apresentam nenhum tipo de déficit auditivo veem e, para isso, tenta-se que a linguagem de sinais seja incluída.

É uma questão que também tem a ver com a inclusão de crianças surdas na sociedade, uma vez que essas crianças não são percebidas como recebendo o mesmo tratamento que outras crianças.

Por outro lado, Ascoy defendia uma detecção precoce de surdez, pois é vital que a criança receba o tratamento mais adequado. E hoje em dia muitos pais percebem a perda auditiva do filho quando ele tem vários anos de vida.

A Faculdade Ludwig van Beethoven, inaugurada em 28 de abril de 2010, tornou-se o primeira escola inclusiva para crianças surdas no Peru. Atualmente, recebe aproximadamente 150 crianças, das quais 14 crianças da educação infantil e 79 da escola primária com algum tipo de deficiência auditiva.