Nasce o primeiro "remédio para bebês" da França

Não é que o nome dado a esses bebês nascidos para salvar a vida de um irmão eu goste muito, mas a realidade do fato seja. O primeiro remédio para bebês nasceu na França, projetado para curar um de seus irmãos mais velhos, afetado por um tipo de anemia genética chamada beta-talassemia.

O bebê, que pesava 3'650 kg, nasceu no final de janeiro nos arredores de Paris, em um hospital na cidade de Clamart e está bem, segundo os especialistas desse centro.

O menino foi chamado Umut-Talha ("nossa esperança" em turco) e foi concebido por fertilização in vitro após um diagnóstico duplo que garantia que o embrião era saudável e era geneticamente como um de seus irmãos mais velhos doentes.

Através das células extraídas do cordão umbilical do recém-nascido um transplante pode ser realizado no futuro o que eliminará a doença de seu irmão mais velho.

Na Espanha, já conversamos sobre o primeiro caso de um bebê que salvou a vida de seu irmão, sofrendo de uma anemia incurável. Embora tenha sido agora quando ocorreu na França, onde essa prática é permitida desde 2004.

Na Espanha, diante dessa realidade, foi proposto o financiamento de tratamentos para o nascimento desses "bebês medicinais", uma medida que não deixa de ser polêmica, uma vez que muitos setores consideram que a seleção de embriões, ou melhor, o descarte de outros, não é ético.

Penso no que os pais teriam que sofrer com o filho doente até terem um novo bebê, e acho que teriam feito o mesmo. Em suma, parece-me que com esses "bebês medicinais", em vez de nascer uma vida, dois nascem, e isso é sempre uma boa notícia.