Um em cada quatro diagnósticos de hiperatividade está errado

Uma das coisas que o século XXI se destaca é o aumento de doenças psicológicas e mentais nas sociedades ocidentais.

O fato de muitos não terem sido diagnosticados no passado, a insatisfação diária das pessoas acostumadas a viver satisfeitas, a crise econômica e muitos outros fatores são razões mais do que suficientes para adultos e crianças ajudarem a aumentar as listas de diagnósticos.

No caso de crianças, o distúrbio mais comum é hiperatividade e déficit de atenção (TDAH) Muitos de nós conhecemos crianças com esse diagnóstico e é surpreendente saber que, segundo o chefe de Neuropediatria do Hospital La Fe, em Valência, um em cada quatro diagnósticos está errado.

Segundo o especialista, a taxa de erro (não inferior a 25%) é porque 89% das pessoas diagnosticadas com TDAH sofrem de outras patologias associadas, que deve ser levado em consideração, pois, se não for tratado, o problema não será abordado de maneira adequada.

Falando em números, 28% desses pacientes também são afetados pelo transtorno de personalidade limítrofe, 30% sofrem de transtornos de depressão, 25% dos adultos têm comportamentos aditivos e mais de 30% têm transtorno de ansiedade generalizada.

Em alguns casos, o distúrbio colateral é o que acaba causando TDAH, enquanto em outros pode ser o contrário ou aparecer juntos.

Dada essa diversidade, o lógico é levar em consideração que cada pessoa e cada criança tem suas próprias características e que, portanto, você tem que estudar caso a caso para avaliar qual é a melhor abordagem, já que não faz sentido medicar o TDAH com o tratamento usual, se não levarmos em conta que a pessoa vive em estado de depressão, por exemplo.