Alguns dias atrás, descobrimos que o bebê que havia sido submetido à cirurgia de espinha bífida no interior do útero da mãe teve alta sem sequelas quando estava grávida de 22 semanas.
Ontem as notícias falaram sobre outra operação intra-uterina, desta vez feito para 21 semanas de gestação por endoscopia liberar uma faixa amniótica que pressionava o cordão umbilical e a perna esquerda, o que de outra forma causaria sua morte ou, no melhor dos casos, a amputação de sua perna.
A mãe mal fez pequenas incisões de 3 milímetros, o que é necessário para introduzir a pequena câmera ensinada pelos médicos neste vídeo.
O problema, que afeta uma em cada três mil crianças, foi detectado por meio de um ultra-som de rotina e, graças à operação, conseguiu salvar a vida da menina e, claro, a perna dela.
Fico feliz que esse tipo de notícia esteja se tornando mais frequente e que os avanços na cirurgia fetal permitam salvar a vida de muitos bebês na gravidez em vários casos, deixando-os sem sequelas.
Há cada vez mais recursos para detectar falhas na gravidez e novas técnicas de cirurgia fetal para remediá-las.
É a terceira vez que esse tipo de operação é realizada no mundo e a primeira na Europa.
O Hospital Vall d'Hebron, onde a operação foi realizada, é pioneiro em intervenções cirúrgicas em fetos e, juntamente com o Hospital Clínic, lidera a cirurgia endoscópica fetal na Espanha.