Alguns tratamentos alternativos para o autismo podem ser perigosos, de acordo com um estudo

É certo que sobre o autismo ainda há muita ignorânciae, às vezes, pais de crianças autistas podem recorrer a medicamentos alternativos para tratar esse distúrbio, sem saber que alguns deles podem ser perigosos.

Um novo estudo publicado no "Journal of Behavioral and Developmental Pediatrics" descobriu que 40% dos pais de crianças com autismo usavam medicina alternativa, como remédios homeopáticos, exercícios mentais como meditação ou oração, melatonina, probióticos, dietas alternativas e tratamentos ainda mais invasivos.

Entre os últimos estão as injeções de vitamina B-12, imunoglobulina intravenosa ou terapia de quelação. O estudo foi realizado por pesquisadores do Instituto MIND da Universidade da Califórnia, Davis, nos Estados Unidos.

Mais de 400 crianças com distúrbios do espectro do autismo entre dois e cinco anos de idade foram estudadas. A maioria recebeu tratamentos inofensivos, mas 4% usaram tratamentos classificados no estudo como potencialmente perigosos e invasivos.

São os pais com mais informações e alta renda que investem nesses tipos de tratamentos para melhorar a qualidade de vida de seus filhos, embora muitas vezes ocultem essas informações do médico da criança, para que não possam ser alertados sobre os riscos. Caso haja.

É claro que os pais de crianças com autismo querem aliviar alguns dos sintomas de seus filhos e impedir que os problemas aumentem e, portanto, o aumento do uso de medicamentos alternativos, neste e em outros distúrbios do desenvolvimento. Mas fazer isso sem levar em consideração os riscos pode ser perigoso e contraproducente.

Além disso, alguns desses tratamentos podem interagir com outros possíveis que a criança está recebendo, para que a eficácia e a segurança dos medicamentos sejam desconsideradas.

Por todas essas razões, seria bom para os pediatras informar todos os pais de crianças com autismo sobre esses problemas, sem esperar que eles perguntassem. Alguns tratamentos alternativos para tratar o autismo podem ser perigosos, por melhores que sejam "vendidos".