Testes pré-natais V: biópsia coriônica

Entre os exames pré-natais que temos comentado nessas semanas, a biópsia coriônica e a cordocentese são os mais invasivos, os que envolvem mais riscos e os que são realizados por último no diagnóstico.

A biópsia coriônica envolve a remoção de amostra de vilosidades coriônicas que são estruturas que fazem parte do tecido que dá origem à placenta e, quando analisadas, podem ser consideradas equivalentes como se estivéssemos tirando tecido do feto.

A técnica consiste em introduzir uma agulha através do colo do útero (transcervical) ou através de uma punção abdominal com anestesia local (transabdominal), enquanto é realizada uma ultrassonografia, que permite visualizar as estruturas materna e fetal para garantir que A biospia é bem feita e sem problemas.

Ambas as técnicas são igualmente seguras e eficazes, embora as taxas de aborto espontâneo sejam ligeiramente maiores quando realizadas através do colo do útero. A escolha de um ou outro é feita de acordo com a localização da placenta, o tempo de gestação e a experiência do médico.

É especialmente indicado quando uma translucência nucal aumentada ou malformação é detectada no ultrassom do primeiro trimestre. Geralmente é recomendado nesses casos, sendo sempre opcional:

  • Se a mãe tiver 35 anos ou mais: porque aumenta a probabilidade de dar à luz um filho com defeito congênito.
  • Criança ou gravidez anterior com qualquer distúrbio cromossômico ou outro.
  • História familiar de defeitos genéticos.
  • Quando alguma outra anormalidade é detectada em outros testes pré-natais.
  • Quando existe uma possibilidade real de riscos e não se deseja esperar que a amniocentese contemple a possibilidade de aborto.

Isso deve ser feito entre 10 a 12 semanas de gestação. A vantagem deste teste é que é uma técnica rápida, que permite saber muito em breve se o feto tem alguma anormalidade genética, muito antes da amniocentese. O material obtido é analisado para estudar o DNA, cromossomos e enzimas do feto.

Em outras ocasiões, também é realizada como uma alternativa à amniocentese para poder estudar o cariótipo do bebê. É a técnica mais útil para detectar cromossomopatias como a síndrome de Down. A eficácia na obtenção de um diagnóstico é de 99,7%. Ele não detecta defeitos do tubo neural, como espinha bífida, para detectar uma amniocentese deve ser realizada.

Uma vez concluídos, os resultados demoram entre 2 e 14 dias, dependendo da técnica utilizada. A duração da técnica é de cinco minutos, uma vez que o paciente esteja preparado.

Riscos: Tem uma taxa de aborto de 0,6-0,9% (superior à amniocentese). Um leve desconforto é sentido pelo método vaginal como em uma citologia vaginal e pode haver um pequeno sangramento após a realização do procedimento. Não requer preparação prévia nem hospitalização.

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